Ser ou não Ser...gago...
Belisa Vaio
Mal estreou, fui ver o filme "O Discurso do Rei". Estava curiosa, dadas as referências dos críticos de cinema e porque tratava de um tema, de algum modo, constrangedor: a gaguez, neste caso, de um rei!
Não me lembro de, alguma vez, ter estado numa sala, onde não bulia uma mosca e toda a gente estava super concentrada.
Na minha singela opinião, acho que é um filme muito forte, com óptimas interpretações dos artistas principais: a figura do rei Jorge VI de Inglaterra (pai da rainha Isabel II) e do seu terapeuta da fala, um autodidacta que usando métodos, talvez menos ortodoxos, conseguiu o milagre de libertar a voz do soberano, principalmente para ler discursos, como a sua função exigia.
Valeu a pena e...não me enganei! Acaba de ganhar o Óscar para o melhor filme do ano.
Ora, ser gago é com certeza algo com que é dificil lidar, para não falar de ridicularizações de que por vezes se é alvo, por parte de gente impiedosa.
É também motivo de grande insegurança, já que se pode ser traído por si próprio nas mais variadas circunstâncias.
Mas felizmente, à semelhança da história do filme, temos muito bons terapeutas da fala para ajudar os nossos gagos!
Li algures, que o terapeuta português Brito Largo, com grande sucesso, recomenda aos seus pacientes que se sintam confiantes e seguros:
"Você pode gaguejar é na atitude, não é a falar!"